terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reconstrução da Fonte Nova só começa em junho de 2010

Um dia após o Ministério do Esporte cobrar o início das obras para a Copa do Mundo de 2014 até o “fim de fevereiro, começo de março“, durante evento na Câmara dos Deputados, a secretaria estadual da área estipulou o procedimento, na Bahia, em 8 de junho do ano que vem. A definição aconteceu ontem, quando lançou o edital de licitação da nova Fonte Nova – que, segundo a Federação Internacional de Futebol (Fifa), precisa ficar pronta até 31 de dezembro de 2012

"Vencemos mais esta etapa decisiva. A expectativa, agora, é receber a maior quantidade de empresas interessadas possível e anunciar a vencedora a partir do próximo 30 de novembro", declarou o secretário Nilton Vasconcelos, acompanhado dos colegas Carlos Martins (Fazenda), Ney Campello (Copa) e Fernando Schmidt (chefe de gabinete do governador Wagner), além do procurador-geral do Estado, Rui Moraes Cruz.De acordo com ele, entre fevereiro e março ocorrerão apenas as intervenções preliminares no local, incluindo a demolição da arena. Antes disso, o consórcio ganhador terá cerca de três meses ”para se constituir legalmente, alavancar recursos, concluir o projeto executivo e apresentar uma série de garantias ao Poder Público“, afirmou.Por outro lado, comemorou ser uma das primeiras sedes a abrir concorrência no País, embora três das 12 arenas não tenham necessidade do processo (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) por serem privadas. Belo Horizonte lançou edital ”para a realização de obras de correção de anomalias e proteção das estruturas“ do Mineirão, no último dia 9, e Manaus, ”de pré-qualificação para a construção do Vivaldão“, na última terça.Ba-Vi - Entre as novidades em relação à minuta da consulta pública, encerrada em setembro – e que só aproveitou uma das 62 sugestões da sociedade –, destaque para a mudança na cláusula 19.4.2 do contrato de PPP, que obrigava tanto o Bahia quanto o Vitória realizar um mínimo de 28 jogos no futuro Octávio Mangabeira. Em 23 de agosto, A TARDE publicou caderno especial advertindo a situação e, agora, o governo recuou.Em vez do rubro-negro, fala-se "em um clube da capital" e o número de partidas caiu de 56 para 33. Mesmo assim, o ponto 12.3 do edital garante que o Estado, "ciente de que a maximização da realização de eventos, notadamente jogos de futebol, é fundamental para viabilidade econômica da operação da arena, compromete-se a envidar seus melhores esforços para que os compromissos da dupla Ba-Vi sejam na Fonte Nova".Para completar, proíbe a realização de partidas em Pituaçu – um equipamento que custou R$ 55 milhões ao longo do ano passado, salvo motivo de força maior. A partir da Copa, de acordo com o secretário Vasconcelos, o palco será destinado aos esportes amador e escolar.Como não pode obrigar o Vitória a abandonar seu Barradão, o governo optou em colocar um cenário mais conservador no documento. "Isso, entretanto, não quer dizer que tenhamos desistido. Já vamos iniciar as conversas com eles... não só a gente, como o consórcio vencedor da licitação. Vamos demonstrar a vantagem financeira de jogar na Fonte, e não vai ter como alguém não aceitar", contou Fernando Schmidt, após a entrevista coletiva no Centro Administrativo.A assinatura de um convênio de R$ 11 milhões com o Leão, há um mês, para obras de infraestrutura no entorno do Manoel Barradas, já serviu para estreitar os laços. “Pleiteamos algo também para a gente, o governo teve hombridade e agora está de parabéns. Quem pensava que ajudava só o Bahia, taí”, disse o presidente Alexi Portela Júnior, feliz da vida com o projeto que prevê a construção de um ginásio, cinco quadras e três campos de treinamento no espaço. A próximo negociação promete.O que diz o EditalProcedimento - Licitação, tipo concorrência internacional, em regime de Parceria Público Privada (PPP).Critério - Combinação do menor valor dos serviços de reconstrução e operação da Fonte Nova com o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital. A concessão permite ao consórcio vencedor recuperar o investimento feito não coberto pela contraprestação pública, explorando economicamente o estádio e os bens móveis e imóveis que o integram por 35 anos (renováveis ou não).Obrigações - O consórcio fica encarregado da demolição do estádio e da remoção das duas piscinas olímpicas que fazem parte de sua estrutura.Condições de participação - Sociedades brasileiras ou estrangeiras, isoladamente ou em forma de consórcio, sem pendências fiscais ou judiciais. Estão fora clubes de futebol, confederações e outras agremiações esportivas.Requisitos - Provar que dispõe de patrimônio líquido em valor igual ou superior a R$ 5 milhões o e ter experiência em demolição e em gestão de estádios com, no mínimo, 20 mil pessoas.Atuação - Locação a clubes de futebol e prestadores de entretenimento; vigilância, preservação patrimonial, exploração do espaço publicitário; contratação de bares e restaurante; exploração turística, entre outros serviços básicos.
http://www.atarde.com.br/esporte/noticia.jsf?id=1256343
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